O cérebro humano é capaz de processar uma grande quantidade de informações porque esta é uma característica da evolução biológica que selecionou geneticamente os cérebros humanos ancestrais com mais capacidade de memória para assim usufruir da vantagem evolutiva do acúmulo de mais e mais conhecimentos sobre os objetos do mundo em que vivemos, com a finalidade de garantir a adaptabilidade e a sobrevivência da espécie humana no planeta.
O feito de transmitir as suas próprias ideias através de uma linguagem articulada (como por exemplo, o intercâmbio entre pessoas durante o ensino/aprendizagem de regras e técnicas para confeccionar ferramentas), aliado à capacidade de abstração da mente humana no pensamento associativo, encontrando as coincidências e vinculando-as de modo formar um padrão para mais tarde exercer um reconhecimento deste padrão, tudo isto resultou num modelo que funciona em todas as ocasiões.
Assim também foi construída a linguagem escrita, um conhecimento simbólico-abstrato que surgiu da crescente necessidade de se manterem registros de comércio, de inventar sistemas de contabilidade e de identificação de pagamentos de tributos entre indivíduos.
Os tipos de escritas são sistemas de símbolos práticos compostos de traços codificando os pensamentos abstratos para depois decodificá-los transmitindo a informação ali contida.
A comunicação falada ou escrita e o intercâmbio social delinearam os tipos individuais de personalidade nos primeiros seres humanos e forjaram uma consciência de vida coletiva que, espelhada nas relações afetivas de adequação social entre seus membros, carregou consigo a bagagem intelectual formada pela soma de todos os conhecimentos adquiridos por este grupo social.
O resultado final permaneceu expressado nas ideias e palavras que foram preservadas neste agrupamento humano, numa linha de continuidade da cultura humana até os dias de hoje.
Sendo a linguagem apenas um entre outros meios de comunicação social em todas as espécies animais, as nossas funções intelectuais descritivas e as funções argumentativas da linguagem abstrata são os aspectos mais caracteristicamente distintos entre a linguagem humana e a linguagem dos animais.
Possuímos uma função abstrata descritiva- crítica interessante, entre outras emergentes no córtex cerebral, que descreve um objeto com detalhes e depois sente a necessidade de fazer uma crítica àquela descrição. Esta característica mental promoveu o enriquecimento da linguagem, e o uso constante das funções cerebrais incentivou a reprodução do número de células-neurônios e sinapses nervosas, resultando em um aumento do volume do cérebro e a ampliação da complexidade de todas as suas partes.
Alguns questionamentos filosóficos modernos
![]() |
Parallax |
debatem se a realidade é fruto da maneira que a nossa mente associa as causas aos efeitos e
como o nosso cérebro observa a repetição dos
processos e padrões naturais classificando-os
a tal ponto que estes achados se refletem em
modelos que podem ser percebidos nas artes,
nas tecnologias e nas ciências.
Todos os conhecimentos sobre causalidade e seus efeitos dependem da apurada capacidade do cérebro para absorver determinadas informações agrupadas, que por sua vez são completamente construídas sobre a estrutura dos processos mentais de observar, repetir e associar.
Todos os conhecimentos sobre causalidade e seus efeitos dependem da apurada capacidade do cérebro para absorver determinadas informações agrupadas, que por sua vez são completamente construídas sobre a estrutura dos processos mentais de observar, repetir e associar.
A observação da imensa paisagem do mundo natural tal como o nosso cérebro a vê é uma rica inspiração que estimula a habilidade criativa a fazer muitas conexões entre os itens observados, para depois pensar resultados inéditos. As primeiras técnicas surgiram a partir da reflexão sobre estas associações livres.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
seus comentários são bemvindos