O pensamento simbólico abstrato possibilitou a comunicação entre as pessoas, e o emprego de linguagens cada vez mais complexas alimentou o enriquecimento da autoconsciência humana, fazendo surgir no homem primitivo uma complexa identidade subjetiva pessoal. A linguagem abstrata contribuiu também para aguçar o raciocínio prático, que foi empregado pontualmente para a confecção de ferramentas, que com o tempo eram aperfeiçoadas (o ato de pensar um design é projetar o objeto no futuro).
Esta identidade pessoal é responsável também pelo desenvolvimento de uma linguagem própria usada entre os membros de uma determinada sociedade e entre os diversos outros grupos sociais, uma linguagem que era difundida pela produção de artesanato decorativo e pelas relações de comércio entre si.
Esta identidade pessoal é responsável também pelo desenvolvimento de uma linguagem própria usada entre os membros de uma determinada sociedade e entre os diversos outros grupos sociais, uma linguagem que era difundida pela produção de artesanato decorativo e pelas relações de comércio entre si.
A arte rupestre nas paredes das cavernas empregava uma representação e uma linguagem com símbolos que transmitiam uma imagem específica para aquele grupo social. Os seus objetos de artesanato, mais “portáteis”, refletiam a sua identidade cultural de uns para os outros grupos.
Empregando uma linguagem abstrata que nenhuma outra espécie animal possui, o homem primitivo refletiu pela primeira vez sobre a sua consciência presente e sobre o passado dos tempos.
As áreas associativas no cérebro humano são agora capazes de armazenar muito mais informações sobre o meio ambiente. Tudo o que nos faz humanos vem da capacidade de associação e da habilidade mental de classificar estes dados.
Através das gerações nos tornamos mais e mais capazes de identificar e reconhecer padrões em tudo que nos cerca, criando uma memória especializada em classificar e reconhecer por semelhança dentro dos modelos. A busca por associações e padrões reconhecíveis nas coisas que nos cercam é um condicionamento cerebral ancestral muito intenso, reforçado pela seleção genética das gerações passadas.
O bebê humano nasce com um cérebro bem pequeno e ao crescer o volume do cérebro é multiplicado (uma característica evolutiva ancestral), porque todos os processos cerebrais que acontecem no cérebro de um adulto precisam de espaço no córtex cerebral e não é possível a uma fêmea dar a luz a um bebê com um crânio e cérebro enormes.
Logo ao nascer e ao longo da infância o cérebro em crescimento é exposto a uma série de estímulos e se desenvolve enquanto se forma adulto, percebendo os eventos no mundo externo, repetindo-os internamente no cérebro e finalmente se comunicando, isto é, transmitindo o evento para fora.
E é justamente este processo de exposição aos estímulos do meio ambiente que formata as características humanas hereditárias e adiciona as características adquiridas.
Nós, adultos humanos, recordamos as coisas que aprendemos a fazer com êxito durante a nossa vida. Aprendemos também com o tempo a ser capazes de predizer intenções futuras de outra pessoa, ao observar as suas ações naquele momento. E quotidianamente ficamos sabendo o que acontece quando não estamos presentes em determinado lugar.
Frequentemente também podemos entender ou mesmo adivinhar o que os outros estão pensando. Esta habilidade de imaginar o outro no interior da sua mente é um pensamento abstrato especial que, juntamente com a linguagem, é a herança que determinou o sucesso da espécie do homo sapiens neste planeta.
Nas aptidões mentais que nos levaram à linguagem estão fundamentados também os algoritmos dos programas de computação e comunicação em redes, na mais recente etapa do pensamento humano.
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